Villancico XI – A nossa Senhora do Rosário
Edited by Anna-Lisa Halling
Villancico
Embarquémonos, senhores,
no mar da mais bella aurora,
que sendo mar de Maria,
será o porto o da glória.
Embarquémonos no imenso
de devoção tão ditosa,
pois do rosário divino
dependem as ditas todas.
Naveguemos sem temores
de tormentas rigorosas,
que aonde tudo é bonança,
nenhuma tormenta assombra.
Norte divino é Maria,
mar de graças o das contas,
pois nelle tudo são graças
para serem tudo glórias.
Ó que navegação tão venturosa,
Pois é norte Maria,
e porto a glória!
Feliz derrota,
pois no leva o rosário
com doces ondas
vento em popa, senhores,
maré de rosas.
Liberdades, escravas
de tal Senhora,
alegria, que temos
maré de rosas.
Navegantes felices,
almas ditosas,
alegria, que temos
maré de rosas.
Atenções, que a Maria
seguis absortas,
alegria, que temos
maré de rosas.
Corações rosaristos,
que anelais glórias,
alegria, que temos
maré de rosas.
Ó que navegação tão venturosa, etc.
Diplomatic Transcription
Works by Soror Violante do Céu
- Parnaso Lusitano de Divinos e Humanos Versos (1)
- Deprecação I - Sobre a jornada do Senhor desde o santo cenáculo ao horto do monte Olivete, ou por outro nome de Getsêmani
- Deprecação II - Sobre Suor do Sangue do Senhor em o Horto
- Deprecação III - Sobre o ósculo de Judas, e o Amice ad quid Venisti?
- Deprecação IV - Sobre a prisão do Senhor, e o ser levado a casa de Anás
- Deprecação V - Sobre o levarem ao Senhor Jesus diante de Anás
- Deprecação VI - Sobre o Senhor Jesus ser levado à presença de Caifás, e negação de S. Pedro
- Deprecação VII - Sobre o Respexit Dominus Petrum, exivit foras & flevit amare
- Deprecação VIII - Sobre falsa acusação dos Judeos contra o innoccentissimo Senhor
- Deprecação IX - Sobre o silêncio que o Senhor mostrou diante de Herodes à vista das falsas acusações que lhe faziam
- Deprecação X - Sobre o Senhor Jesus ser levado de casa de Herodes para Pilatos
- Deprecação XI - Sobre o tirarem ao Senhor as sagradas vestiduras para o atarem à coluna e açoitarem
- Deprecação XIII - Sobre a coroa de espinhos que os Judeus puseram ao Senhor
- Deprecação XIV - Sobre o lavar Pilatos as mãos e confessar a inocência do Senhor
- Deprecação XV- Sobre o mostrar Pilates ao Senhor, dizendo ao povo: Ecce homo
- Deprecação XVI - Sobre a sentença dada contra o Senhor de morte de cruz
- Deprecação XVII- Senhor o caminhar o Senhor com a Cruz, ás costas para o Calvário
- Deprecação XVIII - Sobre o retrato que o Senhor deixou esculpido na toalha da Santa Verónica
- Soneto II - La autora suplica a Dios nuestro Señor que acepte su buena voluntad en alabarlo con sus obras métricas
- Soneto III - Pide la autora arrepentida perdón a Dios nuestro Señor de haber alabado algunos sujetos humanos con sus versos y que no fueran todos alabanzas divinas y loores de sus santos
- Soneto IV - Delicta juventutis mea o ignorantias meas ne memineris Domine1De los pecados de mi juventud y de mis rebeliones, no te acuerdes, Dios. Se refiere a Salmos 25:7.
- Soneto V - Rinde a Dios las gracias de su luz y suplica el perdón de sus defectos
- Soneto VI - A la Navidad del Niño Jesús en Belén
- Soneto VII - Sobre el diligite inimicos vestros
- Soneto VIII - Sobre el Hac omnia tibi dabo, si cadens adoraveris me.
- Soneto IX - Sobre el Sicut spina rosam, genuit Judaa Mariam
- Soneto X - La Anunciación de nuestra Señora
- Soneto XXXII - A Irmandade das Escravas de nossa Senhora da Divina Providência
- Soneto XXXIII - A nossa Senhora das Maravilhas
- Soneto XXXIX - Al Patriarca Santo Domingo
- Soneto XLVII - A San Luis Beltran, conociendo los pensamientos ajenos
- Soneto L - A Santa Inés de Monte Policiano, dejando lleno de rosas el lugar donde oraba
- Soneto LV - Ao Venerável Padre Mestre Fr. João deVasconcellos, Provincial de São Domingos em Portugal
- Soneto LXIII- Firmezas del divino amor, inconstancias del amor humano
- Soneto LXXI - Teme a morte repentina e a justa sentença de condenação
- Soneto LXXXV - Ao Doutor Manoel Mendes de Barbuda, e Vasconcellos pelo livro, que compôs das excelências de nossa Senhora
- Soneto XC - Epitáfio à sepultura da mesma Senhora
- Soneto XCIII - Em louvor da acertada eleição que o Sereníssimo Príncipe o Senhor Dom Pedro, Regente de Portugal fez do Excelentíssimo Senhor Dom Pedro de Lancastre, Duque de Aveiro, para Inquisidor geral destes Reinos
- Soneto XCVI - Ao eminentíssimo Senhor D. Veríssimo de Lancastro, Inquisidor Geral e Cardeal de Portugal
- Soneto XCVIII - Luzes de huma Dama desvanecida de dentro de huma sepultura, que fala a outra Dama, que presumida entrou em huma Igreja com os cuydados de ser vista, e louvada de todos, e se assentou junto a hum tumulo, que tinha este Epitafio, que leo curiosamente.
- Soneto XCIX - Ao nascimento do príncipe, nosso Senhor D. João, que Deus guarde, que nasceu no Sábado 22 de Outubro deste presente ano de 1689, secundogênito do Senhor Rei Dom Pedro o II de Portugal, e da rainha nossa Senhora Dona Maria Sofia Isabel, que Deus guarde com as desejadas felicidades nos vaticínios deste seu reino
- Soneto C - A El-Rey nosso Senhor em agradecimento de uma mercê, que fez à autora em o dia do nascimento do Príncipe D. João, que Deus guarde
- Villancico XI - A nossa Senhora do Rosário
- Villancico XIII - A nuestra Señora del Rosario
- Villancico XIX - A São João Bautista
- Villancico XXI - À ascenção do Senhor
- Villancico XXII - À ascenção do Senhor
- Villancico XXXXII - A S. Juan Baptista
- Villancico LXII - Para o levantar a Deus na missa da noite de Natal
Posted
10 November 2021
Last Updated
14 June 2022
References
↑1 | De los pecados de mi juventud y de mis rebeliones, no te acuerdes, Dios. Se refiere a Salmos 25:7. |
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